11/01/2013

As atrocidades cometidas pela ditadura militar no Brasil

AVALIAÇÃO DISSERTATIVA: Entendendo a luta armada como uma “resistência ativa” que não pode se efetivar sem violar a disciplina estabelecida, como você julga a reação dos governos militares que, em defesa da ordem que acreditavam como correta, passaram por cima das leis do país e dos direitos humanos?

Não devemos em hipótese alguma esquecer que a ditadura militar cometeu no Brasil uma verdadeira barbárie durante o período em que esteve no poder, pois mais que algumas pessoas pretendem esquecer de uma vez por todas as atrocidades, os crimes e a violência praticada pelo Estado de norte a sul do país e inevitável apagarem da História do Brasil, haja vista que muitos cidadãos brasileiros lutaram em favor da: vida, liberdade, justiça, cidadania, igualdade, democracia, etc; e foram julgados, torturados e assassinatos a mando dos militares que se encontrava no poder.

“(...) a ditadura recorreu à violência brutal (...) Nos cárceres, as torturas são indescritíveis. Prisioneiros e suspeitos são assassinados e fuzilados (...)[1]”.

Porque muitos indivíduos não querem que nós e às gerações futuras tenha conhecimento da “inquisição” praticada abertamente pela ditadura militar? Ou será que é para apagar da memória dos brasileiros o mal-estar que a sociedade civil, viveu de 1964 a 1985, ou e para mascarar o rosto dos militares que em prol (suposição) de um país melhor, enterrou com sangue e concreto e diversas práticas metódicas[2] (calculistas e frias) o ideal da democracia.
Vale mencionar que, a prática política e os mecanismos utilizados pela ditadura militar para se perpetuar no poder foi totalmente imoral e desumana, pois acima de todos, e acima de tudo não respeitou as leis, os direitos humanos e nem a Constituição do Brasil. Os cidadãos brasileiros viveram com medo e em constante alerta, pois qualquer atitude independente de quaisquer que fossem poderia render conseqüências graves e desastrosas e infelizmente não era dado do direito de ampla defesa.

“ (...) No Brasil da ditadura houve uma tentativa de apagar qualquer traço de assassinato (...) tentaram arrancar uma página da história (...) Eles eliminaram o traço por excelência do crime, os cadáveres (...)[3]”.

Em nome do poder, da intimidação e da omissão a Ditadura Militar elaborou regras que deveria ser cumprida de imediato pelo universo intelectual e artístico e principalmente pela indústria cultural, onde estipulou o que a população deveria ou não saber. Os meios de comunicação de massas deveria se adaptar ao regime para evitar sofrer represálias.
No campo educacional, o regime militar não visou um ensino crítico, criativo, construtivo e reflexivo pelo contrário, elaborou uma proposta educacional com o objetivo de “adestrar” os estudantes negando-lhes a possibilidade de reflexão e de construção autônoma e castrando sua visão de mundo e de política. A educação brasileira não foi valorizada e nem deu ênfase na heterogeneidade das escolas e dos alunos e não tentou criar um modelo de ensino que tivesse a “cara” do Brasil e atendesse às necessidades de nossos discentes. Como costume não foi valorizado as nossas raízes e tradições culturais e importando um modelo de educação nos paradigmas adotados pelos Estados Unidos que valorizou a educação tecnicista que formou mão de obra qualificada a baixo custo e com profunda falta de qualificação com a missão de ajudar a promover a industrialização e o desenvolvimento do milagre econômico.
De acordo com a Presidenta da República Dilma Rousseff, a geração deste período “sentiu na carne” o abuso e a truculência do Estado e como os direitos humanos foram violados pelo regime que se encontrava longe de estabelecer uma sociedade democrática.


[1] Citação extraída do material disponibilizado no site da Universidade Gama Filho _ UGF pelo professor Aender Luis Guimarães.
[2] Captura, investigação, interrogatório, tortura física e psicológica, censura, penas de mortes , prisão perpétua, etc.
[3] Citação extraída do material disponibilizado no site da Universidade Gama Filho _ UGF pelo professor Aender Luis Guimarães.