CARTA
DE INTENÇÃO
Á
COMISSÃO DO PROCESSO
SELETIVO DE PROFESSOR MEDIADOR ESCOLAR E COMUNITÁRIO
Prezada Comissão,
Eu, Fabrício Oliveira, portador do RG nº XXXXXXXXXX
e inscrito no CPF nº XXXXXXXXXX, habilitado em História e Pedagogia e
atualmente cursando Pós-Graduação Lato
Sensu (EAD) em História e Cultura no Brasil, professor PEBI, categoria XXXXXXXXXX,
candidato à vaga de Professor Mediador e Comunitário na Diretoria Regional de
Ensino _ Região XXXXXXXXXX da cidade de XXXXXXXXXX.
Venho por meio deste, apresentar minhas intenções
pelas quais me interesso a concorrer ao cargo, pois acredito que nunca é tarde
para inovar e transformar. Sinto a enorme necessidade de aprender cada vez mais
e sinto-me desafiado a encarar novos desafios sem receio de enfrentá-los e
aventurar-me por mares desconhecidos, pois sou um “apaixonado” pela educação e
acredito que o maior tesouro que os pais podem deixar como herança aos seus
filhos são os estudos e os valores morais (a honra, a verdade, o trabalho, a dignidade,
a fé em Deus, o amor ao próximo, etc.,) e este não poderá ser perdido, roubado
ou reivindicado por meio de uma ação judicial perante o juiz de direito.
Como historiador e pedagogo acredito
indubitavelmente que através da educação vamos modificar as diretrizes
políticas, econômicas, educacionais, sociais e culturais do país permitindo que
todos os brasileiros independente da classe social a que pertence tenha acesso
a um sistema educacional que vise à universalização do acesso, à equidade e à
qualidade do ensino, não importa se é público ou privado, mas que de
oportunidades para que todos os indivíduos cresça, desenvolva, aprenda e
constantemente se aprimore enquanto ser humano e tenha uma consciência crítica,
criativa, construtiva, reflexiva e solidária para que a partir daí, possa
preservar o planeta Terra e respeitar o seu próximo na sua particularidade e
individualidade independente da cor da pele, do credo religioso, da orientação
partidária, da filosofia de vida e da orientação sexual, etc.
É através da educação, que podemos eliminar de vez
todos os tipos de conflitos, tabus, estigmas e preconceitos sócio-culturais
existentes na nossa sociedade contemporânea e permitir que as nossas crianças e
adolescentes tenham acesso a diferentes formas de cultura, pois como elucida
BURKE[1]
(2003:14) ao afirmar que vivemos em um período marcado por encontros culturais
cada vez mais freqüentes calcado por um hibridismo[2]
cultural.
A violência se faz presente na nossa sociedade ao
longo dos tempos e infelizmente cada vez mais invade o espaço escolar sem pedir
licença, causando o caos e uma barbárie dentro e fora da sala de aula, levando
os nossos alunos (crianças, adolescentes e adultos) a se “digladiarem”
constantemente e vivendo em pé de guerra, pois não estamos acostumados a
respeitar as ideologias alheias e acima de tudo, temos uma enorme dificuldade
em compreender e aceitar as diferenças do outro em razão disso, não estamos
tendo um ambiente escolar socialmente harmonioso e saudável que permite com que
os alunos e professores tenham estímulo, prazer e segurança em estudar e
lecionar e estejam aptos a construir uma cultura de paz, de cidadania e de são
convivialidade.
Pretendo como Professor Mediador Comunitário ajudar
a escola em que eu for atuar a encontrar mecanismos para eliminar os conflitos
imprevisíveis como, por exemplo: a indisciplina, a falta de limite, a falta de
respeito, a falta de compromisso com os estudos, o bullying, a agressão (física,
material, verbal, moral, psicológica, sexual e virtual), comportamentos
(indesejáveis e inadmissíveis), etc; trabalhar alinhado e em conjunto com a
equipe gestora, coordenação pedagógica, funcionários e colaboradores da escola,
pais, professores efetivos; categoria F e O; e principalmente com os Eventuais
porque estes docentes encontram enorme dificuldade, em ser ouvidos e
respeitados pelos alunos e na maioria das vezes, não sabem como lidar com
situações conflituosas que ocorrem em sala de aula. Vale mencionar que, vou
estar empenhado em promover, conscientizar e encorajar os alunos a respeitarem
a diferença e a praticarem a tolerância, pois como Professor Mediador
Comunitário vou defender a ideia: “Aceitar
é uma opção. Respeitar é um dever”.
A tarefa não vai ser fácil, mas nada me impede de
esforçar, tentar colocar em prática as metas, mesmo que sejam audaciosas para
os paradigmas educacionais, sociais e culturais vigentes, pois acredito que a
escola precisa de gente de ação.
As escolas públicas estaduais do Estado de São Paulo
abrigam alunos de diferentes idades, níveis de desenvolvimento psicossocial e
estratos sociais, que devem receber do Estado atenções adequadas às suas
necessidades. Como Professor Mediador Comunitário vou procurar abrir espaços e
criar relações de parceria para trazer os pais ou responsáveis para dentro do
âmbito escolar, pois são os principais interessados numa boa educação para seus
filhos dessa forma vamos trabalhar juntos, trocando informações, compartilhando
decisões e colaborando com a rotina de trabalho dos professores para
garantir uma educação de qualidade para
todos os nossos estudantes.
Ao surgir, condutas (incompatíveis, indesejáveis,
inadmissíveis) que possa estar interferindo no bom andamento das aulas e
atrapalhar a aprendizagem escolar dos alunos procurarei apurar os fatos de
forma “neutra” e “imparcial” buscando o apoio da equipe gestora, coordenação
pedagógica, professores, funcionários, pais e/ou responsáveis e o conselho
escolar para chegarmos a um consenso e juntos aplicarmos medidas disciplinares,
sempre considerando, na caracterização da falta, a idade do aluno e a
reincidência do ato sempre com muito cuidado, para não expor o aluno ao
ridículo e ao constrangimento com a intenção de preservar sua (auto) imagem.
Através de Projetos Pedagógicos Transversais e
Interdisciplinares, conscientizaremos os alunos a partir de ações sócio-educativas
e culturais, a fim de evidenciar que o Estado de São Paulo, adverte que a falta
de respeito, desacato ou afronta a diretores, professores, colaboradores da
escola ou qualquer funcionário público é uma falta grave o que acarreta
penalizações nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil e das
leis vigentes. É necessário mostrar para os alunos que o aparelho de celular
não combina com sala de aula e, a partir daí, estabelecer um acordo amigável
que ao entrar na sala de aula este equipamento eletrônico deve ser desligado ou
colocado no modo silencioso para atrapalhar o processo de ensino aprendizagem,
de acordo com o dispositivo da Lei nº. 12.730 de 11 de outubro de 2007.
Vale lembrar que, o acordo estenderá para o uso de
notebook, tablet, jogos portáteis, tocadores de música ou outro dispositivo de
comunicação ou entretenimento que perturbem o ambiente escolar; prejudiquem o
aprendizado ou que possa gerar conflitos, por exemplo, intrigas de
adolescentes, indisciplina em sala de aula, fofocas de alunos contra aluno,
falta de atenção e de compromisso com as atividades propostas em classe, roubo
e perda de celulares, etc.
Em casos extremos e após analisar o histórico de
conflitos e problemas causado pelo aluno vou propor a equipe gestora,
coordenação pedagógica, docentes, pais e/ou responsáveis o encaminhamento[3]
do aluno à Saúde Escolar, baseado na assistência médica, psicológica,
fonoaudióloga, psicopedagogo, assistente social, etc; com o objetivo de cuidar
de distúrbios, prevenirem os agravos e proporcionar uma melhor qualidade de
vida para o aluno e estabelecer à sua inserção no contexto escolar.
Sem mais para o momento.
Atenciosamente,
São Paulo, 23 de
janeiro de 2013.
_________________________________________
Fabrício
Oliveira
[1] Peter Burke é um historiador
inglês, e doutorado na Universidade de Oxford, foi professor de História das Idéias
na School of European Studies da Universidade de Essex, por dezesseis anos
professor na Universidade de Sussex e professor na Universidade de Princeton;
atualmente é professor emérito da Universidade de Cambridge. Autor de 22 livros
publicados, 12 deles traduzidos e editados em português.
[2] Hibridismo cultural é a mistura
de várias culturas, todas as culturas estão envolvidas entre si, nenhuma delas
é única e pura, todas são híbridas, heterogêneas. A música, a linguagem oferece
muitos exemplos notáveis de hibridização. Idéia extraída do livro: BURKE,
Peter. Hibridismo Cultural. 3. ed.
São Leopoldo: Unisinos, 2010. p. 13 – 14.
[3] O encaminhamento pode ser
direcionado a serviços de orientação em situações de abuso de drogas, álcool ou
similares; para casos de intimidação baseada em preconceito ou assédio; ao
Conselho Tutelar em caso de abandono intelectual, moral ou material por parte
dos pais ou responsáveis.
3 comentários:
muito bom mesmo
Muito bom
Lindíssima, mas muito longe da prática de um processo seletivo. Menos romance e mais objetividade seria mais adequado.
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