AVALIAÇÃO
DISSERTATIVA: Como Benjamin avalia a perda da aura
na obra de arte no que diz respeito à realização das funções pedagógicas e
expressivas da obra de arte.
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Fazendo a análise crítica do artigo “O diálogo do olhar sobre a aura[1]”
e dos textos disponibilizados no site da Universidade Gama Filho (UGF) pela
professora Débora Maria M. Querido, foi possível entender que Walter Benjamin,
filósofo judeu - alemão, foi o criador do conceito de aura em relação à obra de
arte, pois para ele o universo encontra-se em constante transformação e
inovação (imagética) e acabava intervindo na produção artística e com isso, o
seu caráter sagrado, místico e autêntico se perdia causando um grande impacto
negativo e radical em nosso tempo.
De acordo com as idéias defendidas por Walter
Benjamin, a fotografia permite com que os indivíduos registrem e reproduzem-se
cada vez mais, obras de arte, e valorizam a imagem captada pelo olhar do fotógrafo
e não do pintor e a partir daí, a obra de arte perde a sua aura, sua
autenticidade e sua função social e pedagógica e é descaracterizada e sendo
utilizada por regimes totalitários (ditaduras) como estratégia política de
alienação das massas populares e como recurso para promover e divulgar suas
plataformas políticas (propagandas). Não podemos deixar de mencionar, que
Walter Benjamin foi perseguido pelo regime nazista por ter sido contrário a
esse procedimento de reprodução técnica que estava se impondo a arte naquele
período e pelo fato de que a arte passou a ser encarada como um simples produto
mercadológico, e que só pode ser exposta ou exibida ao público se rendia altos
lucros aos seus financiadores; a autenticidade, a criatividade o teor
pedagógico da obra de arte foi enclausurada nos calabouços do capitalismo e dos
mecenas das artes.
Percebe-se que para Walter Benjamin esse progresso
tecnológico, foi inserido no mundo artístico não com a intenção de melhorar,
expandir ou desenvolver os trabalhos dos artistas, e fazer com que seus
significados artísticos fossem captados pelas massas populares, mas, pelo contrário,
a obra artística encontra-se alienada de si mesmo e do público, fruto da ação
maliciosa de pequenos grupos que geram todo sistema artístico e de comunicação,
de onde brotam interesses de ordem econômica em primeiro plano, antes mesmo de
qualquer julgamento do objeto artístico.
Walter Benjamin alerta-nos que após a Revolução
Industrial e pela facilidade de reproduzir integralmente obras de arte e essas
está totalmente acessível e visível em qualquer lugar (museu, grandes galerias,
“shopping centers”, etc;) a obra de arte vai perdendo seu valor pedagógico e
expressivo _ a imagem artística deixa de ser cultuada e sua expressão
banalizada, perdendo seu valor de exposição e tomando outros sentidos, haja
vista que o valor de cada obra é ditado por especialistas do mercado, por
pessoas que não pinta, desenha e nem cria e o valor estético é desidealizado e
não tem como objetivo educar as pessoas socialmente, moralmente e culturalmente.
“(...)
As obras de arte têm ficado cada vez mais parecida uma às outras, devido à
banalização dos ideais (...) que leva à geração de elementos “aurais” (...)”[2].
A partir do que foi exposto até o momento, podemos pressupor
que as massas populares não conseguem perceber a grandeza de uma obra de arte e
que a mesma está perdendo seu significado pedagógico e expressivo e não está
nem envolvida nem comprometida com a: política, evolução, libertação e
conscientização dos indivíduos, pois infelizmente a arte para Walter Benjamin
se tornou uma “arte industrial”, ou seja, mecânica. O público passou a ser
atraído pelos “fetiches” criados no
“seio do capital” e aderiu aos desejos das elites dominantes.
“(...)
essa arte tem menos compromisso consigo mesmo, não estranha que se exclua do
compromisso com a sociedade (...)”[3].
Vale lembrar que, o progresso tecnológico deveria
ter favorecido com a função emancipatória, e tornado a arte democraticamente
acessível ao ser humano e rompendo com as barreiras do monopólio cultural, pois
ainda existe uma enorme diferença econômica e social entre os cidadãos do
planeta Terra independente de suas nações, que os impede de ter contato com o
“universo” das obras de artes e livre acesso a museu, galeria de arte, teatro,
cinema, etc.
Para finalizar esta avaliação acreditamos ser
pertinente, neste momento, evidenciar como é possível os grupos sociais menos
favorecidos terem acesso aos meios de produção teatral e assistir uma peça de
teatro se o valor do ingresso cobrado não é compatível com a renda familiar,
haja vista que valor cobrado no ingresso para assistir “Priscila, Rainha do Deserto – o musical” no Teatro Bradesco do
Bourbon Shopping São Paulo era:
Frisa 3º andar
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R$ 40,00
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Frisa 2º andar
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R$ 80,00
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Frisa 1º andar
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R$ 120,00
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Balcão Nobre
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R$ 120,00
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Camarote
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R$ 180,00
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Platéia Superior
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R$ 200,00
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Platéia Vip (Filas A a I e J a O central)
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R$ 250,00
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