FÓRUM:
Entre o
final do XIX e o início do XX, os lundus e as modinhas foram os gêneros
escolhidos como exemplos contundentes da “música popular brasileira”. No
cenário cultural atual, o que é considerado a “verdadeira música popular
brasileira”
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Fazendo a leitura e análise do texto “Alexina de Magalhães Pinto e o Tesouro dos
Humildes”, foi possível aprender que desde ao final do século XIX, e
início do século XX, determinados gêneros musicais do Brasil são oriundos dos
grupos menos favorecidos socialmente e que sofreu preconceito e discriminação
em detrimento dos brancos pela elite (branca) de artistas e intelectuais
brasileiros pelo fato de pertencer à categoria popular e por estar sempre em
oposição à sociedade tradicional, arcaica, conservadora, ultrapassada e
moralista.
Vale mencionar que, esses gêneros musicais (cantigas
populares) que sofreram estigma e discriminação
de forma direta e indireta através de suas letras de música pelo fato de
retratar abertamente um país exótico, rico culturalmente, explorado e
oprimido e que sofreu a influência de diversas culturas principalmente, pela
cultura africana.
No decorrer da leitura foi possível perceber, que
independente da classe social que o indivíduo viesse a pertencer se tivesse aptidão
musical para o violão era visto com maus olhos” perseguido e difamado pelo
restante da sociedade, rotulado como um desclassificado, fora dos padrões
comportamentais e sociais da época.
Atualmente, percebe-se que o preconceito que se
fazia presente no final do século XIX, e início do século XX, em relação a
determinados estilos musicais ainda se faz presente e continuam impregnados,
ou seja, “tatuado” na sociedade contemporânea (indústria
fonográfica) e enfrentam inúmeras dificuldades, para ser aceito por
ser uma expressão genuína do povo (já que atinge as
grandes massas) e a maioria dos seus artistas (criadores, compositores
e letristas) são da periferia e por suas letras serem mais sexualizadas,
fazer apologia ao álcool, cigarro e drogas, incentivar a violência, retratar
traição e desilusões amorosas, denunciar a corrupção (política, econômica e
social), incentivar o uso das gírias, ridicularizam a imagem da mulher, etc;
exemplos que podemos citar: o forró, o reggae, o rap, o funk, a música
regional e dos repentistas, o teen pop, o eletro forró, o hip-hop, o
tecnobrega, etc.
De acordo com nossos estudos e pesquisas, através
de vários sites da Internet descobrimos que a Música Popular Brasileira (MPB)
é um gênero musical brasileiro que surgiu em meados dos anos 60, com a
segunda geração da Bossa Nova e que sempre foi apreciada pelas classes médias
urbanas, do Brasil.
Em discussão com o acadêmico Serapião de A. Neto
chegamos à seguinte conclusão: Que foi a partir da década de 60, com os
Festivais de Música Popular exibidos pela TV Celso e TV Record que este
gênero musical que encontra-se em debate, recebeu o título de Música Popular
Brasileira (MPB) e que nos festivais posteriores, caiu no gosto do público
(telespectador) pelo fato das músicas terem uma tendência e conotação
nacionalista abordando temas instigantes, tais como ditadura militar, a
mulher na sociedade, a fome, informando, discutindo e denunciando questões
sociais nas vozes de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Maria
Bethânia, Ney Matogrosso, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Dorival Caymmi,
Elis Regina, Clara Nunes, Geraldo Vandré, entre outros. Acredito que no
cenário atual, é considerada verdadeira Música Popular Brasileira (MPB) toda
música que seja capaz de instruir, informar, levantar questões à sociedade, o
conhecimento da nossa língua materna e que traz à tona nossa sensibilidade, encantamento,
alegrias, tristezas e que permite uma reflexão critica, construtiva e
criativa sobre as diversidades existentes em nosso país.
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