AVALIAÇÃO
DISSERTATIVA: (de
Modernismo e O Nacional Popular / A Radiofonia e A Integração Nacional).
1)
Disserte sobre a importância do
referencial nacionalista para a consolidação do Império no período
imediatamente posterior à independência formal do Brasil.
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Lendo o artigo “Nação
e nacionalismo a partir da experiência brasileira[1]”
descobrimos que o século XIX, foi o século da “onda” nacionalista na Europa e
que acabou por acarretar com a ruptura dos vínculos do processo colonial no
Novo Mundo.
Aprendemos no decorrer dos nossos estudos que o
Brasil se tornou independente de Portugal, mas que continuou preservando o
modelo de política português e tendo como líder político o herdeiro da Coroa
lusitana que preservava e revigorava o instituto da escravidão. Tivemos uma
independência, sem derramamento de sangue ou episódios violentos ao contrário
de outras colônias da América do Sul, a “minúscula” elite política (dominante)
permaneceu coesa para assegurar seus objetivos, o povo continua dependente,
excluído, massacrado e desprotegido politicamente, legalmente, economicamente,
socialmente, ou seja, órfão do Império e distante do desenvolvimento e do
progresso.
Vale mencionar que a política brasileira desde o seu
início, contou com a ausência de um ideal nacional que impede de o país de
alcançar a democracia, pois o regionalismo vigente à época era o principal
entrave para o estabelecimento do nacionalismo e de uma sociedade liberal, pois
representava as vivências e sentimentos regionais e não nacionais e não
favorecia o projeto político - pedagógico para construção do país sempre almejado
pelo imperador. A partir de então, o nacionalismo como ideologia entra em cena
com a missão pacífica de defender a política, a economia, a elite dominante, o
território e por último o povo.
A campanha nacionalista realizada no Império adotou formalmente
a plataforma política que exaltava a esperteza do brasileiro e o seu lado
pacífico e acolhedor e que éramos uma nação mestiça (ameríndia, lusa e
africana) e tropical e que estamos caminhando rumo ao progresso e ao futuro.
Percebe-se que, esta plataforma política nacionalista é totalmente artificial,
elitista e fiel ao imperador que tinha como proposta ocultar e servir de máscara
para esconder as mazelas sociais que ocorreram no Brasil e acima de tudo,
“cegar”, “enganar”, “manipular”, “adestrar” e “silenciar” os grupos sociais
menos favorecidos e consagrar a História Oficial (nacional) e exterminar as idéias
republicanas.
O nacionalismo aplicado no Império exaltava o
indígena, e referenciava como “protofundador”, inocente, herói e amigo dos
portugueses, já os negros foram rotulados pelos brancos como seres inferiores,
rebeldes, descrente ao Deus cristão e preguiçoso; um dos maiores entraves ao
desenvolvimento do país.
E para finalizar esta avaliação não podemos deixar
de mencionar que a política nacionalista aplicada pelo Império tinha como meta,
apresentar o Brasil e ressaltar suas potencialidades e integrar ao mundo e
divulgar que éramos um povo com fibra, crítico, criativo e que caminhávamos
rumo ao futuro, ao progresso e à civilização e acima de tudo, realizar a divulgação
do país para os brasileiros e mostrar o papel do “Estado” como sujeito
alternativo e principal para o desenvolvimento da nação.
[1] Artigo escrito por Carlos Lessa,
doutor em economia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e autor de vários livros, foi condecorado com a Grã - Cruz da Ordem Nacional do
Mérito Científico, em 2004.
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