FÓRUM:
A partir de suas leituras sobre a Semana de Arte de 1922, relacione suas
principais propostas com o contexto da sociedade brasileira do início da
década de 1920.
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Iniciaremos o nosso Fórum informando ao público que
a Semana de Arte Moderna de 1922, nasceu no período em que o “mundo” assistiu
perplexo o fim de uma Grande Guerra e almejava ansiosamente por renovações:
mentais, políticas, econômicas, culturais e sociais.
Estávamos vivendo o término da monocultura do café,
onde os coronéis (comandantes) ditavam as regras políticas do Brasil e
constantemente realizavam viagem ao exterior, e enviavam seus filh@s[1]
para estudar e obter instrução do outro lado do oceano Atlântico, haja vista
que não tínhamos uma mentalidade brasileira autêntica e existia uma enorme
diferença cultural entre o litoral (grandes cidades) em relação ao interior
(escuro, ignorante, atrasado, sem personalidade _ o Juca Mulato ou Jeca Tatu de
Monteiro Lobato).
De acordo com o jornalista, Paulo Duarte a arte
moderna chega ao Brasil, muito atrasada (1922) em relação a outros países e até
então, os padrões da arte estabelecida na época era marcada por fórmulas
acadêmicas importadas das grandes Escolas de Belas Artes da Europa que
dificultou a aproximação das artes com a verdadeira realidade brasileira.
Vale lembrar que, a exposição realizada por Anita
Malfatti causou grande polêmica no meio artístico, intelectual e cultural e
mais tarde favoreceu a Semana de Arte Moderna. Anita Malfatti desembarcava dos
Estados Unidos, onde havia ido estudar (aperfeiçoar) novos conceitos de arte e
os trabalhos artísticos de sua exposição foram criticados (paranóia ou
manifestação?) por Monteiro Lobato e por essa razão, no primeiro momento seu
trabalho foi se debilitando e perdendo a virilidade.
Segundo Menotti Del Picchia (escritor e semanista),
a Semana de Arte Moderna quebra padrões e foi ousada para os estilos artísticos
da época, pois não fundou uma escola com regras e nem determinou técnicas ou
formulou conceitos pré- estabelecidos, mas sim fecundou uma consciência
libertadora, em nossa arte e paisagem valorizando o espírito de nossa
brasilidade e sepultando o passado, as concepções românticas parnasianas
realistas, as sugestões européias (francesa, lusitana, etc.).
Entendemos que a Semana de Arte Moderna de 1922, almejava
retratar a vida da maneira como ela se mostrava, através de uma recriação
artística e literária e se afastando cada vez mais do espírito conservador e
conformista. O ano de 1922 foi o ano do centenário da independência política do
Brasil e de intranqüilidade política devido à disputa à sucessão presidencial,
já no plano cultural, Pixinguinha e os Oitos Batutas embarcaram para a Europa,
mas infelizmente sua ida causou polêmica, pois “alguns brasileiros” não
aceitaram a idéia de ser representada no exterior por esse grupo musical devido
uma visão racista, preconceituosa, arcaica, tradicional, conservadora e
ultrapassada.
Nas noites de fevereiro de 13 a 17 na cidade de São
Paulo no Theatro Mvnicipal de São Paulo
aconteceu a Semana de Arte Moderna (também chamada de Semana de 22) com
exposição de artes plásticas, concertos, leitura de livros, conferência
explicativa e apresentações musicais que tinha como desejo incentivar a
modernização do país e desmascarar as mazelas sociais de norte á sul e
contrapor as idéias regionais de Monteiro Lobato, Valdomiro Silveira, entre
outros. A Semana de Arte Moderna despertou o interesse dos artistas,
intelectuais e poetas do Rio de Janeiro, pois antes de 1922, o artista
brasileiro de um modo em geral, não era reconhecido e valorizado.
Após nossos estudos, descobrimos que a Semana de
Arte Moderna de 1922, conseguiu reunir um grupo de artistas e intelectuais com
a missão de consolidar e consagrar a arte brasileira. Podemos concluir que a
Semana de Arte Moderna de 1922, foi um movimento revolucionário e modernista que
influenciou grandes nomes das letras, das artes e da política e originou a
fundação do Partido Democrático.
Para encerrar este fórum, é importante mencionar que
na Semana de 22, foram expostas obras de Di Cavalcanti, John Graz, Zina Aita,
Vicente do Rego Monteiro, etc; e seus idealizadores foram Oswald de Andrade,
Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di
Cavalcanti, Villa Lobos, entre outras ilustres figuras importantes do meio
artístico e cultural.
A Semana de Arte Moderna de 1922 e suas influências
artísticas estão vivas entre nós até os dias de hoje.
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